Presença de Deus
Enquanto me encontro aqui sentado(a)à frente do computador,
Deus está presente,
insuflando-me de vida e a tudo o que me rodeia.
Durante uns momentos mantenho-me em silêncio
e tomo consciência da presença deste Deus de amor.
Enquanto me encontro aqui sentado(a)à frente do computador,
Deus está presente,
insuflando-me de vida e a tudo o que me rodeia.
Durante uns momentos mantenho-me em silêncio
e tomo consciência da presença deste Deus de amor.
Peço a graça
de abstrair das minhas próprias preocupações
abrindo-me ao que Deus me está a pedir,
para me deixar guiar e formar pelo meu Criador.
Como é que estou hoje? Como é que anda a minha relação com Deus?
O que é que tenho para agradecer? Dou graças.
Do que é que me arrependo? Peço perdão.
Naquele tempo, Jesus viu um homem sentado no posto de cobrança de impostos. Chamava-se Mateus. Jesus disse-lhe: "Vem comigo." E ele levantou-se e foi. Ora, enquanto Jesus estava a tomar uma refeição em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e outra gente de má fama sentar-se à mesa com ele e os discípulos. Ao verem isso, os fariseus perguntavam aos discípulos: "Por que é que o vosso Mestre se senta à mesa com os cobradores de impostos e gente de má fama?" Jesus ouviu aquilo e respondeu: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Vão aprender o que significam estas palavras da Escritura: O que eu quero é misericórdia e não sacrifícios. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores."
Dou-me conta das minhas próprias reacções quando rezo pela Palavra?
Sinto-me desafiado(a), confortado(a), incomodado(a)?
Imagino Jesus, sentado ou de pé, junto a mim.
Falo-lhe do que sinto e oiço-O, como dois amigos íntimos.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Assim como era no princípio, agora e sempre.
Agradecemos o seu feedback acerca do site, sugestões de melhorias e comentários a respeito do significado pessoal da experiência de oração.
Se te pedissem um sinónimo da palavra “Deus”, poderias utilizar a palavra “presença” pois é isso que Deus é. Quando Moisés perguntou a Iavé o seu nome, Iavé respondeu: “Eu sou aquele que é” o que significa “Estou presente”. O que Deus está realmente a dizer é: “Estarei convosco.” Deus está intimamente presente em todas as coisas, especialmente em nós. O nome de Jesus é Emanuel, que significa Deus está connosco'. O Evangelho de Mateus termina com a maravilhosa afirmação: E saibam que estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.
(“Finding God in All Things” de Brian Grogan SJ)
Senta-te numa cadeira, com a coluna direita e confortável, apoiada contra as costas da cadeira. Relaxa o corpo mas sem te curvares, com os pés assentes no chão à tua frente e com as mãos pousadas nas pernas ou no colo.
Fecha os olhos ou fixa-os num ponto à tua frente. Centra agora toda a tua atenção nas sensações corporais. Podes começar pelos pés até à parte de cima do corpo, dirigindo a tua atenção, porventura só por alguns segundos, para qualquer parte do corpo que estejas a sentir, transferindo a tua atenção de uma parte para outra, embora quanto mais tempo possas manter a atenção numa só parte melhor. A tua atenção concentra-se naquilo que estás a sentir, não em pensamentos sobre essa sensação. Se te sentes desconfortável ou tiveres comichão ou quiseres mudar de posição, limita-te a reconhecer o desconforto, tranquiliza-te e, sem te mexeres, continua a concentrar-te no que sentes no teu corpo.
A mente raramente nos deixa em paz durante tempo suficiente para tal, começando a pedir atenção com comentários e perguntas: Isto é uma perda de tempo precioso. O que tem isto a ver com oração? Será que é uma espécie de invenção Hindu? Qual é o interesse? Aborda as perguntas e faz as observações que te suscitarem tal como fizeste com a comichão: reconhece-as e depois volta ao que sentes no teu corpo.
Se quiseres podes passar para uma oração mais explícita, repetindo para ti mesmo/a a frase de São Paulo: “É nele que temos a vida, nele nos movemos e existimos”.
(adaptado da obra “God of Surprises” de Gerry W Hughes SJ)
Neste exercício concentra toda a tua atenção nas sensações físicas da inspiração e da expiração, sem alterares deliberadamente o ritmo da respiração.
Concentra-te na sensação de ar fresco que penetra nas tuas narinas e no ar quente quando expiras. Inicialmente, a tua respiração pode causar-te desconforto, notando que ela se torna irregular, mas regra geral esta sensação não se prolonga. Se se prolongar e ficares sem fôlego, o melhor é não prosseguir o exercício neste momento.
Ao fazer este exercício, a maior parte das pessoas acha que o ritmo da respiração muda, que ela se torna mais profunda e lenta, e começam a sentir-se sonolentas. Em si mesmo, é um exercício de relaxamento muito bom. Porém, se o utilizares tendo em vista mais concretamente a oração deixa que a inspiração expresse tudo aquilo a que aspiras na vida, independentemente de quão impossível te parecer na prática, e que a expiração expresse a tua oferta de todas as coisas a Deus, de toda a tua vida com as suas preocupações, pecados, culpa e arrependimentos.
É importante fazeres isto sem autocensura, não aprovando nem desaprovando. Fixa a tua atenção no desejo de ofereceres todas estas preocupações sobre ti próprio/a e não te agarres a elas como se fossem um bem precioso.
(adaptado da obra “God of Surprises” de Gerry W Hughes SJ)
Senta-te numa cadeira, com a coluna direita e confortável, apoiada contra as costas da cadeira.
Repara nos sons que ouves ao longe. Limita-te a ouvi-los, sem tentares identificá-los…
Repara nos sons mais ténues, e depois nos que estão mais próximos. Limita-te a ouvir, atenta neles…
E no bater do teu próprio coração, ténue, mas que é o teu próprio ritmo de vida…
E no silêncio do teu local de oração, no teu silêncio interior…
Ouve desta forma durante alguns minutos.
(adaptado da obra “Praying in Lent” de Donal Neary SJ)
Quando dedico tempo à minha oração pessoal, deixo de lado as minhas preocupações banais para me esvaziar duma certa maneira, para me tornar inerte, disponível para Deus. O que trago para a oração sou eu próprio(a), o meu tempo e o meu desejo de me encontrar diante de Deus. Apresento-me disponível para me deixar transformar lentamente pelo Espírito Santo.
...Pensemos num artista diante da sua tela ou num escultor diante do seu bloco de madeira. Melhor ainda, numa salão de baile à espera que alguém me convide para dançar. O máximo que posso fazer é ficar à espera, na expectativa e na esperança. E é só isso. E o convite acabará por aparecer, não tenhamos dúvidas disso.
(Adaptado de obra When You Pray, de Finbarr Lynch SJ).
Esta oração ajuda-nos a disponibilizar-nos para Deus. Santo Inácio descreve esta “Oração preparatória como “pedir graça a Deus nosso Senhor para que todas as minhas intenções, ações e operações sejam puramente ordenadas para serviço e louvor de sua divina majestade.”
(Exercícios Espirituais, no. 46) Podes tentar com as palavras seguintes:
Senhor, quero tanto preparar-me bem para este momento.
Quero tanto preparar-me para estar totalmente pronto e atento e disponível para Ti.
Por favor, ajuda-me a clarificar e a purificar as minhas intenções.
Tenho tantos desejos contraditórios.
Preocupo-me com coisas pouco importantes e passageiras.
Sei que, se Te der o meu coração, tudo o que fizer seguirá o meu novo coração.Em tudo o que sou hoje, em tudo o que procuro fazer,
todos os meus encontros, reflexões, até as frustrações e os defeitos
e, em especial, neste momento de oração,
em tudo isto, possa eu pôr a minha vida nas Tuas mãos.
Senhor, sou teu. Faz de mim o que quiseres. Ámen.
Se é verdade que Deus age em todos os pormenores das nossas vidas, como começamos por reconhecer a Sua ação e a nossa reação?
No final do dia, especialmente antes de adormecermos, a mente, sem um esforço consciente da nossa parte, tem propensão para rever alguns dos eventos do dia de forma tão vívida que, se o dia foi particularmente recheado de acontecimentos, podemos ter dificuldade em adormecer. Podemos dar por nós a reviver uma discussão e a pensar, por exemplo, nas observações inteligentes e cortantes que poderíamos ter feito se tivéssemos sido mais perspicazes.
O Exame de Consciência baseia-se nesta propensão natural. Pode ajudar-nos a sermos mais sensíveis à presença de Deus e à Sua ação na nossa vida quotidiana, bem como a estarmos mais atentos aos momentos em que colaboramos com a graça de Deus e àqueles em que a rejeitamos.
Deixa que a tua mente percorra as últimas 24 horas, sem autocensura, não aprovando nem desaprovando, atentando e saboreando apenas os momentos do dia pelos quais das graças. Se estivermos atentos, mesmo o dia mais difícil inclui alguns momentos bons – por exemplo, ver uma gota de chuva a cair ou simplesmente podermos ver. Quando tentamos fazer este exercício, normalmente surpreendemo-nos com o número e a diversidade de momentos bons do dia que, de outro modo, seriam rapidamente esquecidos – porventura apagados por uma experiência dolorosa. Depois de te recordares dos momentos que agradeces, dá graças e louva a Deus por eles.
Depois de dar graças, o próximo passo é recordar a tua disposição interior e os teus sentimentos, reparando, se puderes, no que te fez chegar a eles, mas de novo sem autocensura. Permanece com Cristo enquanto examinas estas disposições e pede-Lhe que te mostre os comportamentos que lhes estão subjacentes. O importante é não analisar a nossa experiência mas contemplá-la na presença de Cristo e deixá-Lo mostrar-nos os momentos em que O deixamos estar em nós e aqueles em que rejeitamos a sua presença. Agradece-Lhe pelas vezes em que 'deixas a Sua glória passar' e pede perdão por aquelas em que não O deixas entrar. Ele nunca recusa o perdão. Conhece a nossa fraqueza muito melhor do que nós. Só temos de lha mostrar e Ele pode transformá-la em força. Podemos terminar com uma pequena oração, também na perspetiva do dia seguinte, e pedir a ajuda de Deus.
Senhor, conheces-me melhor do que eu mesmo. O Teu Espírito impregna cada momento da minha vida.n Obrigado pela graça e o amor que derramas sobre mim. Obrigado pelo modo constante e suave como me convidas a deixar-Te entrar na minha vida. Perdoa-me as vezes em que recusei esse convite, e em que me fechei a Ti. Ajuda-me amanhã a reconhecer a Tua presença na minha vida, a abrir-me a Ti e a deixar que ajas em mim, pela Tua Maior Glória. Ámen.
Relê o texto, lentamente, várias vezes e vê se algum termo ou frase se destacam. Permanece nesse termo ou frase tanto tempo quanto quiseres antes de passares a outro.
Este processo é um pouco como chupar um rebuçado. Não tentes analisar a frase, tal como normalmente não partirias um rebuçado nem o submeterias a uma análise química antes de o provares.
Muitas vezes, a frase prende a atenção das necessidades do nosso subconsciente muito antes de termos plena consciência da razão de tal atracão. Por isso, é bom permanecer com a frase tanto tempo quanto possível sem tentar analisá-la.
É possível que me passem pela cabeça todo o tipo de distrações (parágrafo seguinte) mas alguns pensamentos, longe de serem distrações, podem tornar-se parte integrante da minha oração. Como se a frase da Escritura fosse uma lanterna (parágrafo seguinte) que entremeia o fio da minha consciência, pensamentos, memórias, reflexões, sonhos acordados, esperanças, ambições, medos, e a minha oração constrói-se a partir da combinação da palavra de Deus com os meus pensamentos e sentimentos.
O primeiro versículo da Bíblia, “No princípio, quando Deus criou o céu e a terra, a terra estava sem forma e sem ordem. Era um mar profundo coberto de escuridão; mas sobre as águas pairava o Espírito de Deus.”, descreve uma situação presente, não passada, e quando rezo com base na Escritura deixo que o espírito de Deus paire sobre o caos e a obscuridade do meu ser.
Quando deixo a palavra de Deus pairar sobre as minhas preocupações, tudo pode acontecer, pois Ele é o Deus das surpresas. É importante que não esconda o meu caos interior da palavra de Deus ou de mim próprio/a. Muitas vezes, estamos tão formatados que achamos errado permitir que eventuais sentimentos negativos permeiem a nossa oração, principalmente os sentimentos negativos sobre Deus. Temos de aprender a ultrapassar esta formatação, expressando os nossos sentimentos e pensamentos livremente perante Deus, confiando que Ele seja suficientemente grande para aguentar as nossas birras. Não adianta fingir perante Deus pois Ele conhece-nos melhor do que nos conhecemos a nós mesmos.
Não existe pensamento, sentimento ou desejo dentro de ti que não possa tornar-se parte integrante da tua oração à luz da palavra de Deus, quando sabes que Deus ama o caos que tu és e que o Seu espírito ativo em ti é capaz de infinitamente mais do que podes pensar ou imaginar.
Ao tentares rezar assim, pode muito bem acontecer que a tua mente comece a encher-se de perguntas e aparentes distrações. Como sei que não me estou a enganar? Como sei que estas palavras são verdadeiras, e que Deus Se comunica verdadeiramente através delas? Tenho mesmo fé em Deus? Estas perguntas são válidas mas, para já, deixemo-las de lado. Quando uma criança tem medo durante a noite, a mãe pega-lhe ao colo e diz: “Está tudo bem” e a criança tranquiliza-se progressivamente. Mas se a mãe se vê perante um prodígio que lhe responde: “ Mas mamã, quais são os pressupostos epistemológicos e metafísicos da tua afirmação e qual é a evidência empírica que podes aduzir para sustentar a tua alegação?' tem um verdadeiro problema. Quando rezamos, somos como esta criança impossível se recusamos ouvir Deus até Ele preencher todos os nossos eventuais critérios. Em primeiro lugar, comunicamos com Ele através dos nossos corações. O coração não é estúpido: tem as suas razões, mais profundas do que podemos ver à primeira vista com as nossas mentes conscientes.
Tendo deixado as perguntas de lado, para já, o que faço com todas as outras distrações que inundam a minha mente? Posso começar por me perguntar se deixei o gás ligado ou por me lembrar de um e-mail que me esqueci de enviar. Se é urgente, como o gás, o mais seguro é verificar. Se é uma questão que pode esperar, talvez possa deixá-la para mais tarde. Qualquer outra coisa que me ocorra, longe de ser uma distração, pode tornar-se parte integrante da minha oração.
Imagina que vês Jesus sentado ao pé de ti. Ao fazeres isto, estás a pôr a tua imaginação ao serviço da tua fé. Jesus não está presente do modo como imaginas mas está certamente presente e a tua imaginação ajuda-te a estares consciente disto. Agora, fala com Jesus. Se não estiver ninguém ao pé fala com voz suave. Ouve o que Jesus te responde ou o que tu O imaginas a dizer. É a diferença entre pensar e rezar. Quando pensamos, em geral falamos connosco próprios. Quando rezamos, falamos com Deus. (Anthony de Mello SJ, Sadhana ps 78-79)
Santo Inácio chama a esta conversa “colóquio”, e diz: “O colóquio faz-se, propriamente, falando, assim como um amigo fala a outro, ou um servo a seu senhor: ora pedindo alguma graça, ora confessando-se culpado por algum mal feito, ora comunicando as suas coisas e querendo conselho nelas.” “.... nos colóquios devemos argumentar e pedir, segundo a matéria proposta, a saber, conforme me acho tentado ou consolado, e conforme desejo ter uma virtude ou outra, conforme quero dispor de mim a uma ou a outra parte, conforme quero sentir dor ou gozo da coisa que contemplo, finalmente pedindo aquilo que mais eficazmente desejo acerca de algumas coisas particulares.” (Exercícios Espirituais n.ºs 54, 199)
Sugestões que te poderão ajudar: um ícone de Cristo, um crucifixo, uma imagem de Cristo Ressuscitado ou um ícone de Nossa Senhora e o Menino Jesus. (podem ser enviadas imagens cujos direitos de autor são conhecidos)