Senta-te numa cadeira, com a coluna direita e confortável, apoiada contra as costas da cadeira. Relaxa o corpo mas sem te curvares, com os pés assentes no chão à tua frente e com as mãos pousadas nas pernas ou no colo.
Fecha os olhos ou fixa-os num ponto à tua frente. Centra agora toda a tua atenção nas sensações corporais. Podes começar pelos pés até à parte de cima do corpo, dirigindo a tua atenção, porventura só por alguns segundos, para qualquer parte do corpo que estejas a sentir, transferindo a tua atenção de uma parte para outra, embora quanto mais tempo possas manter a atenção numa só parte melhor. A tua atenção concentra-se naquilo que estás a sentir, não em pensamentos sobre essa sensação. Se te sentes desconfortável ou tiveres comichão ou quiseres mudar de posição, limita-te a reconhecer o desconforto, tranquiliza-te e, sem te mexeres, continua a concentrar-te no que sentes no teu corpo.
A mente raramente nos deixa em paz durante tempo suficiente para tal, começando a pedir atenção com comentários e perguntas: Isto é uma perda de tempo precioso. O que tem isto a ver com oração? Será que é uma espécie de invenção Hindu? Qual é o interesse? Aborda as perguntas e faz as observações que te suscitarem tal como fizeste com a comichão: reconhece-as e depois volta ao que sentes no teu corpo.
Se quiseres podes passar para uma oração mais explícita, repetindo para ti mesmo/a a frase de São Paulo: “É nele que temos a vida, nele nos movemos e existimos”.
(adaptado da obra “God of Surprises” de Gerry W Hughes SJ)